
Três artistas de universos distintos, mas unidos pela urgência emocional e sonoridade crua, acabam de lançar obras que merecem atenção. Brandon D. Adkins, Anima Nera e Marco Petruzzella apostam em projetos intensos e autorais que abordam temas como identidade, amor obsessivo e exclusão social — tudo isso embalado por riffs pulsantes, letras profundas e muita vulnerabilidade artística.
🎙 Brandon D. Adkins estreia carreira solo com The Moon Ate My Radio
Após marcar presença na cena como vocalista da enérgica The Plaid Jackets, o norte-americano Brandon D. Adkins lança seu primeiro álbum solo, The Moon Ate My Radio. O disco traz uma virada emocional em sua carreira, apostando em uma sonoridade mais introspectiva, que funde alt-rock, folk e garage rock, com letras confessionais.
O grande destaque é o single “What I Want”, uma faixa que cresce em intensidade até explodir em guitarras sujas e vocais marcantes, trazendo à tona o sentimento de quem finalmente encontra sua voz após um longo período de silêncio. “É uma música sobre finalmente falar alto depois de ter ficado em silêncio por tempo demais”, explica o artista.
Com esse álbum, Adkins constrói um verdadeiro diário musical de superação e reconstrução pessoal. Um convite à catarse.
🇮🇹 Anima Nera lança “Dea”: amor visceral em forma de rock poético
A banda italiana Anima Nera retoma sua jornada com o single “Dea”, uma faixa intensa e quase ritualística que explora os extremos do amor. Entre a dependência emocional e a devoção cega, a canção mistura o rock melódico e sombrio com letras que transitam entre o delírio e a paixão.
Formado por Massimiliano De Angeli, Stefano Speranza, Lorenzo Piva e Fabio Lanaro, o grupo entrega mais uma obra densa e emocional, que antecipa os próximos passos de uma trajetória já marcada por lirismo e sinceridade urbana.
Lançada com exclusividade pelo portal TuttoRock, “Dea” reafirma o estilo autêntico do Anima Nera, que desde 2013 constrói pontes entre a música e a literatura.
📚 Marco Petruzzella transforma poesia em punk com “Fermate la campanella”
Conhecido por seu trabalho como escritor e poeta, o italiano Marco Petruzzella surpreende ao se lançar no punk rock com o single “Fermate la campanella”. A música, inspirada em seus próprios textos, é um manifesto sonoro por inclusão e liberdade de expressão nos ambientes artísticos.
Com guitarras afiadas, letras combativas e uma abordagem visceral, Petruzzella usa a linguagem direta do punk para falar de exclusão, identidade e resistência. A faixa já foi reconhecida por prêmios literários importantes como o Premio Inedito – Colline di Torino (finalista) e o Premio Letteratura Contemporanea Editoria 2025 (vencedor).
A estreia na Rock’n’Roll Radio de Milão e os elogios da revista Punkadeka consolidam o impacto cultural e artístico dessa obra singular.
Esses três lançamentos revelam o poder do rock como expressão emocional e ferramenta de transformação — seja ao denunciar o silêncio, enfrentar a obsessão ou exigir lugar no mundo. Fique de olho nesses nomes e deixe-se atravessar por suas verdades.