Inspirado pela poesia, música, já no streaming, aborda de modo lúdico temas difíceis como a finitude humana e a árdua tarefa de lidar com os sentimentos
O mevoi, projeto de art rock do artista e pesquisador Ciro Lubliner (canções para um mundo sem Humanos, Ladies & Gentleman), enfim retorna com o single “Antes que me coma o verme”, o primeiro do segundo álbum intitulado “O vice versa”. Ouça aqui: https://tratore.ffm.to/antesquemecomaoverme
“Antes que me coma o verme” é inspirado nos versos do poeta cearense Pedro Henrique Saraiva Leão (“comover-me/antes que me coma o verme”), e busca ecoar uma certa alegria na abordagem de temas aparentemente pesados, como a morte e a finitude humana.
O single também ganha um divertido videoclipe: https://www.youtube.com/watch?v=U3Igtd4fKYY.
Além disso, a canção questiona como lidamos com os afetos que nos atravessam, e se estamos preparados para dar vazão a eles, valorizando o movimento de afetar e deixar-se afetar.
Musicalmente, ela traz novamente a mistura entre o rock psicodélico, o rock alternativo e o folk, já presente no disco de estreia.
Acompanhando a divulgação deste e dos próximos dois singles do novo disco, o mevoi lançará videoclipes dedicados a cada música. Já em julho, o mevoi realizará o show de lançamento do disco na cidade de São Paulo, ao qual se seguirão eventos pelo interior do estado e pelo Brasil.
A capa deste e vindouros singles, assim como a do disco, foram criadas e executadas em pintura exclusivamente para o álbum pelo artista Victor Gaspari Canela.
Psicodelia, folk e alternativo
O mevoi retorna em O vice versa com a mistura entre a psicodelia, o folk e o rock alternativo, com ecos de Os Mutantes, Júpiter Maçã, Walter Franco e Sonic Youth. O título do disco remete à ideia de retorno, da reciprocidade e do duplo. Além disso, trata-se de, ironicamente, valorizar o vice, o segundo lugar, os derrotados que se enunciam pelo mote de que “a prata é tão bela e reluz mais que o ouro”.
Sobre Ciro Lubliner
Ciro Lubliner é músico, pesquisador e tradutor e tem trabalhos no campo do cinema, onde participou da realização de curtas-metragens de ficção e documentários.
Na música, a jornada começou em 2006 com a banda Canções para um mundo sem Humanos, formada na cidade de São Carlos (interior de São Paulo) e que durou até 2008. Era um power trio, com Ciro (guitarra/voz), Hiro Ishikawa (bateria/teclado/voz) e Marcos Pio (baixo/voz). A banda lançou dois singles, “Let’s Take a Walk” e “The Clown’s Howl”, além do EP “canções”, com cinco faixas.
Em seguida, a partir de 2010, Ciro formou e entrou como guitarrista e vocalista na banda de rock alternativo Ladies & Gentleman, um quarteto que era completado por Gabriel Nanbu (guitarra e vocal), Caio Kenji (baixo) e João Paulo Paixão (bateria e vocais).
A Ladies, com letras em inglês, trazia na sonoridade os ecos do punk e de bandas alternativas dos 90, além de garageiras sessentistas. Nos arranjos, riffs pesados, solos grudentos, vocais estranhos, baixo-distorção, guitarras gentis.
O primeiro EP do Ladies & Gentleman, “Here They Are…”, foi gravado ao vivo no Z7Studio, de Tadeu Martinez, e lançado na internet em 2011. No início de 2013 foi lançado o segundo EP, intitulado “Silence, and Scents, and Sins”.
Já em 2015, com Hiro Ishikawa na bateria, o mesmo Hiro que está ao lado de Ciro no mevoi, o Ladies & Gentleman lançou seu último EP, “lost is all we are”, gravado no Estúdio Lamparina, produzido por Guto Gonzalez e que conta com a participação de Luciana Crepaldi (vocal).
Com o mevoi, lançou “Seja lá o que isso Seja” pelo selo Abbey Roça em 2022, confira aqui: https://tratore.ffm.to/sejala.
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