Eduardo Penna é, antes de tudo, um devoto da música. Desde pequeno, sua paixão pelo som o levou a trocar o dinheiro da merenda por CDs favoritos e a montar sua primeira banda aos 11 anos, sem saber tocar um instrumento sequer. Durante a faculdade, no início dos anos 2000, ele começou a se aprofundar na composição, no canto e na guitarra, dando origem a bandas “de verdade”, como a Los Canos, que marcou presença no circuito de festivais alternativos.

A paixão pela música também o levou a atuar por oito anos em um estúdio de gravação, onde trabalhou com diversos grandes nomes da música baiana. Com o tempo, a vida tomou outros rumos, incluindo uma nova faculdade, uma nova profissão e uma nova cidade. No entanto, a produção musical nunca parou, resultando em diversos projetos e lançamentos compartilhados com amigos.

Em 2024, Eduardo lançou seu primeiro álbum solo, ok baiano, trazendo arranjos desconstruídos e narrativas menos diretas. Agora, em 10 de janeiro de 2025, ele apresenta ao público seu segundo disco, Rosa, lançado pelo selo “Praia dos Artistas”. Assim como o trabalho anterior, Rosa foi idealizado por Eduardo, mas desta vez contou com a produção refinada de Martin Mendonça, que ajudou a explorar novas sonoridades sem perder a essência simples e direta do artista.

O disco também conta com colaborações importantes: Mary Estrela, antiga companheira de Los Canos, coescreveu seis das dez faixas; Fabrício Paçoca (Os Gatunos e Brasília Ska Jazz) gravou todas as baterias; e Cadinho Almeida assumiu grande parte do baixo, com participações adicionais de Rafael Zumaeta (ex-Starla) e Gilberto Eloy (ex-Los Canos).

Outros nomes de peso incluem Charlie D., que empresta sua voz nas faixas Vazou e Apertar Minha Mente, e Fernando Jatobá, que contribui com sua guitarra em Apertar Minha Mente. Rosa é um trabalho pessoal, mas repleto de colaborações que reforçam a identidade coletiva do projeto. Acima de tudo, segue sendo música pela música.