Diretamente das cinzas quentes do Gay Day 2025, nasce a nova girl gang feminista mais barulhenta — e necessária — da cena australiana: LATTES FOR MILFS. O trio, formado por duas mulheres e um “token bitch boy”, chega chutando portas, egos e masculinidades frágeis com o single de estreia “Feminpissed”, um soco tropical-punk que já está causando terremotos no Sunshine Coast, Ipswich, BrisVegas — e, honestamente, em qualquer mulher quente acima dos 30.
Gravada no Big Rock Studios, em Mount Coolum, sob comando do lendário Brian Goodworth, a faixa captura aquele espírito punk cru e suado que lembra New York Dolls, Amyl and the Sniffers e The Distillers. É caótico, urgente, debochado — e extremamente consciente do mundo atrasado em que vivemos.
“Feminpissed” é um comentário direto (e deliciosamente hostil) à sociedade que ainda acha aceitável homens ficarem bêbados, agirem como idiotas e incomodarem mulheres que só querem viver a própria vida.
A banda responde sem rodeios:
“You stupid drunk cunt, can’t even speak.”
Um ano, vários palcos e zero paciência para machismo
Em pouco tempo de estrada, o trio já coleciona elogios e passou por palcos de peso, como o Stranded Stage no Fortitude Music Hall, o Black Bear Lodge e o lendário Solbar em Ocean St — sempre carregando a bandeira de promover artistas inclusivos e diversos.
A vocalista Gem Gem resume bem a estética e a ideologia do grupo:
“Ditch the dick, ride with chicks.”
Se alguém ainda acha que poder vem de um apêndice, Lattes For MILFs faz o favor de lembrar: está enganado, bitch.
Porque, na visão delas, pussy power é o novo preto.
Predadoras, não presas
Quando perguntam se elas têm medo de voltar tarde para casa depois do show, a banda devolve com um sorriso torto:
“Não. Nós somos as predadoras, não a presa.”
É essa energia — sem medo, sem filtro, sem obrigação de ser “agradável” — que torna “Feminpissed” um lançamento tão essencial. É música para mulheres que já cansaram de bullshit. Música para quem vive na linha tênue entre riso, raiva e libertação. Música para quem sabe que o punk nunca morreu — só estava esperando as MILFs chegarem.
“Feminpissed” já está no Spotify, Bandcamp, YouTube e, possivelmente, tatuado como tramp stamp nas costas da sua mãe.
